desfaz e volta. na falta do seu braço encostado no meu braço escrevendo. tenho guardado um barulho de vento dentro do peito. alguma coisa se alarga sob os nossos pés até desaparecer o chão. abri tudo para que você entrasse e de repente me dá vontade de sair correndo fechando portas e janelas. abrir a boca: essa dúvida. essa sede de nem sei / tropeço na sua aresta muda. na água que cai de um lugar desconhecido. o que pulsa ou o que pensa – qual é o desenho que o seu desejo faz em mim? desfaz ou [
pra onde vai
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
depois do tempo sem
queria encontrar um ritmo para suspender o que fica – entre a distância e o resto, o que deita e molha as horas
todas
todas elas
formando um bloco surdo de matéria que não dá pra pegar com as mãos / porque ao contrário, eu te pego com as minhas e te deito muda no meu sem limite, te deito no meu colo íngreme e sem não
segunda-feira, 28 de maio de 2007
diálogo de ruptura
- Não é tanto que já não saibamos
- Sim, sobretudo isso, não encontrar
- Mas talvez o tenhamos buscado desde o dia em que
- Talvez não, e apesar disso cada manhã que
- Puro engano, chega o momento em que a gente se olha como
- Quem sabe, eu ainda
- Não basta só querer, se além do mais não se tem a prova de
- Está vendo, de nada vale essa segurança que
- Certo, agora cada um exige uma evidência frente a
- Como se beijar fosse assinar um atestado, como se olhar ...
Cortázar, in Um tal Lucas
- Sim, sobretudo isso, não encontrar
- Mas talvez o tenhamos buscado desde o dia em que
- Talvez não, e apesar disso cada manhã que
- Puro engano, chega o momento em que a gente se olha como
- Quem sabe, eu ainda
- Não basta só querer, se além do mais não se tem a prova de
- Está vendo, de nada vale essa segurança que
- Certo, agora cada um exige uma evidência frente a
- Como se beijar fosse assinar um atestado, como se olhar ...
Cortázar, in Um tal Lucas
quinta-feira, 5 de abril de 2007
em qual espaço do meu corpo você deitou
If space is a material thing, does it have boundaries?
If space does not have boundaries, do things then extend infinitely?
qual força transcende e destrói
antes
do meu corpo
depois dele – quando não cabe mais
ser ___________________
atrás / através da imagem que o olho
forma há
uma sucessão de outras imagens
cada uma outra sintonia
outra
outro lugar
onde se deita / ou
qual limite se deita então e
de quantos lados faces formas
se faz
se sente
tudo / todos intervalos
If space does not have boundaries, do things then extend infinitely?
qual força transcende e destrói
antes
do meu corpo
depois dele – quando não cabe mais
ser ___________________
atrás / através da imagem que o olho
forma há
uma sucessão de outras imagens
cada uma outra sintonia
outra
outro lugar
onde se deita / ou
qual limite se deita então e
de quantos lados faces formas
se faz
se sente
tudo / todos intervalos
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